Pouco tempo atrás uma colega disse que sou mais misterioso e
fechado que o próprio Batman e não ficaria surpresa se descobrisse algum dia
que sou um terrorista. Brincadeiras a parte, de facto é extremamente raro eu
comentar qualquer coisa mais particular com qualquer pessoa, o que dá essa
atmosfera misteriosa a minha pessoa hehe.
Essa semana estive num evento em terras mineiras e não tive tempo para pensar em nada para postar aqui. Semana passada outra blogueira havia sugerido para que participasse da blogagem “7 fatos marcantes em sua vida”, num primeiro instante nem dei muita atenção, nem achava que encontraria 7 fatos para contar hehe. Mas como não tive tempo de pensar em algo para postar, farei esta postagem bem atrasada, iniciando a sessão "Conversa Fiada".
No ano em que terminei o Ensino Médio foi o último ano do
vestibular tradicional nas universidades federais, que posteriormente seria
substituído pelo ENEM. Naquele ano fiz provas para quatro instituições públicas e passei em três de primeira chamada. Descobri-me na ciência e na pesquisa, o
ambiente universitário me faz extremamente bem e não me vejo longe da
universidade ao decorrer de minha vida, seja em pós graduação ou fazendo outros cursos. Após completar meu primeiro ano na UFSCar minha visão
de mundo havia mudado drasticamente.
Morte de minha
namorada e sua mãe
Quando completei 18 anos eu estava em meu primeiro namoro, namoro este que durava 2 anos. A família da garota iria para uma praia em julho daquele ano e
me convidou para ir com eles, acabei indo, mesmo tendo um ódio mortal por
praias. Sofremos um acidente no caminho e tanto Luna como sua mãe faleceram. O
pai de Luna teve vários ferimentos, mas nenhum grave, a irmã mais nova de Luna
sofreu apenas arranhões, assim como eu, exceto por um corte mais profundo nas
costas que me deixou uma cicatriz. Mas a pior cicatriz desse acidente foi a que
ficou na alma e não no corpo.
Primeiro contato com a cultura
headbanger
Em um período em que ainda estava me descobrindo como pessoa
eu tive muito contato com o Rock e ouvia bastante Hard Rock. Mas em certo dia
através de um amigo tive contato com sons de bandas de Heavy Metal, logo
pensei, “é isso que eu estive sempre procurando!”. Desde então fui adentrando
nas profundezas do underground e conhecendo o som e a cultura que cercava este
amplo e rico estilo musical que influenciou muito em meu modo de pensar.
O primeiro show é
inesquecível
No ápice do meu amor pelo Heavy Metal eu e alguns colegas
montamos uma banda. Nossa primeira apresentação ao público foi num festival do
colégio onde estudávamos. Como havia muitas bandas para tocar, cada banda
deveria tocar 3 músicas e que não ultrapassasse o tempo de 25 minutos. Nosso
vocalista improvisado estava tão nervoso que esqueceu as letras e tivemos de
parar uma música para ele pegar a letra e então começarmos novamente. Após a
apresentação discussões nos bastidores e quase casos de agressão, a banda já
estava rachada após seu primeiro concerto rsrs.
Volta para o Porto
No fim do mesmo ano em que perdi minha namorada eu fui para
a Cidade do Porto em Portugal. Queria voltar a minha terra natal fazia muito
tempo e achei o momento oportuno. Estive um mês lá e em muitos momentos pensei
em não voltar. Mas depois de pensar melhor, percebi que estava apenas fugindo
de um passado doloroso e que não poderia simplesmente deixar tudo para trás. Se
tudo der certo, em dezembro deste ano estarei indo para o Porto novamente.
Um evento memorável
Lendo para cegos
Sem dúvida alguma o melhor evento que já tive a oportunidade
de ir foi o Video Games Live (VGL). Criado em 2005, em Los Angeles, pelo
maestro Jack Wall e pelo compositor Tommy Tallarico, o VGL é um evento único e
na época totalmente inovador. Unindo a classe de um concerto com orquestra e
coral ao frenesi e animação de um show de rock na interpretação de trilhas
sonoras de games o VGL se consagrou como o principal evento no estilo que criou
e hoje faz turnês mundiais. Fui ao evento em 2010 e nesse ano pretendo ir
novamente.
Lendo para cegos
Aprendi cedo a conviver com cegos, pois da quinta a oitava
série estudei em um colégio em que havia uma garota deficiente visual que era irmã de um amigo meu. Entre os 16 e 18 anos fui voluntário como ledor para cegos.
Nesse tempo li para três pessoas diferentes, duas garotas e um senhor com idade
mais avançada, quando entrei para faculdade tive de parar com essa atividade. Foi uma experiência com muitos altos e
baixos, mas que inegavelmente contribui em muito na minha formação.
Todos passam por bons e maus momentos que estarão sempre vivos em nossas mentes. Suas memórias lhe dizem quem você é e com elas você aprende a não repetir erros e buscar aprimorar se onde é falho. Por isso é sempre bom relembrar momentos assim.
Todos passam por bons e maus momentos que estarão sempre vivos em nossas mentes. Suas memórias lhe dizem quem você é e com elas você aprende a não repetir erros e buscar aprimorar se onde é falho. Por isso é sempre bom relembrar momentos assim.