sábado, 28 de julho de 2012

7 fatos marcantes em sua vida

Pouco tempo atrás uma colega disse que sou mais misterioso e fechado que o próprio Batman e não ficaria surpresa se descobrisse algum dia que sou um terrorista. Brincadeiras a parte, de facto é extremamente raro eu comentar qualquer coisa mais particular com qualquer pessoa, o que dá essa atmosfera misteriosa a minha pessoa hehe.
Essa semana estive num evento em terras mineiras e não tive tempo para pensar em nada para postar aqui. Semana passada outra blogueira havia sugerido para que participasse da blogagem “7 fatos marcantes em sua vida”, num primeiro instante nem dei muita atenção, nem achava que encontraria 7 fatos para contar hehe. Mas como não tive tempo de pensar em algo para postar, farei esta postagem bem atrasada, iniciando a sessão "Conversa Fiada".

Entrada para a Universidade Federal de São Carlos
No ano em que terminei o Ensino Médio foi o último ano do vestibular tradicional nas universidades federais, que posteriormente seria substituído pelo ENEM. Naquele ano fiz provas para quatro instituições públicas e passei em três de primeira chamada. Descobri-me na ciência e na pesquisa,  o ambiente universitário me faz extremamente bem e não me vejo longe da universidade ao decorrer de minha vida, seja em pós graduação ou fazendo outros cursos. Após completar meu primeiro ano na UFSCar minha visão de mundo havia mudado drasticamente.

Morte de minha namorada e sua mãe
Quando completei 18 anos eu estava em meu primeiro namoro, namoro este que durava 2 anos. A família da garota iria para uma praia em julho daquele ano e me convidou para ir com eles, acabei indo, mesmo tendo um ódio mortal por praias. Sofremos um acidente no caminho e tanto Luna como sua mãe faleceram. O pai de Luna teve vários ferimentos, mas nenhum grave, a irmã mais nova de Luna sofreu apenas arranhões, assim como eu, exceto por um corte mais profundo nas costas que me deixou uma cicatriz. Mas a pior cicatriz desse acidente foi a que ficou na alma e não no corpo.

Primeiro contato com a cultura headbanger
Em um período em que ainda estava me descobrindo como pessoa eu tive muito contato com o Rock e ouvia bastante Hard Rock. Mas em certo dia através de um amigo tive contato com sons de bandas de Heavy Metal, logo pensei, “é isso que eu estive sempre procurando!”. Desde então fui adentrando nas profundezas do underground e conhecendo o som e a cultura que cercava este amplo e rico estilo musical que influenciou muito em meu modo de pensar.

O primeiro show é inesquecível
No ápice do meu amor pelo Heavy Metal eu e alguns colegas montamos uma banda. Nossa primeira apresentação ao público foi num festival do colégio onde estudávamos. Como havia muitas bandas para tocar, cada banda deveria tocar 3 músicas e que não ultrapassasse o tempo de 25 minutos. Nosso vocalista improvisado estava tão nervoso que esqueceu as letras e tivemos de parar uma música para ele pegar a letra e então começarmos novamente. Após a apresentação discussões nos bastidores e quase casos de agressão, a banda já estava rachada após seu primeiro concerto rsrs.

Volta para o Porto
No fim do mesmo ano em que perdi minha namorada eu fui para a Cidade do Porto em Portugal. Queria voltar a minha terra natal fazia muito tempo e achei o momento oportuno. Estive um mês lá e em muitos momentos pensei em não voltar. Mas depois de pensar melhor, percebi que estava apenas fugindo de um passado doloroso e que não poderia simplesmente deixar tudo para trás. Se tudo der certo, em dezembro deste ano estarei indo para o Porto novamente.

Um evento memorável
Sem dúvida alguma o melhor evento que já tive a oportunidade de ir foi o Video Games Live (VGL). Criado em 2005, em Los Angeles, pelo maestro Jack Wall e pelo compositor Tommy Tallarico, o VGL é um evento único e na época totalmente inovador. Unindo a classe de um concerto com orquestra e coral ao frenesi e animação de um show de rock na interpretação de trilhas sonoras de games o VGL se consagrou como o principal evento no estilo que criou e hoje faz turnês mundiais. Fui ao evento em 2010 e nesse ano pretendo ir novamente.

Lendo para cegos
Aprendi cedo a conviver com cegos, pois da quinta a oitava série estudei em um colégio em que havia uma garota deficiente visual que era irmã de um amigo meu. Entre os 16 e 18 anos fui voluntário como ledor para cegos. Nesse tempo li para três pessoas diferentes, duas garotas e um senhor com idade mais avançada, quando entrei para faculdade tive de parar com essa atividade. Foi uma experiência com muitos altos e baixos, mas que inegavelmente contribui em muito na minha formação.

Todos passam por bons e maus momentos que estarão sempre vivos em nossas mentes. Suas memórias lhe dizem quem você é e com elas você aprende a não repetir erros e buscar aprimorar se onde é falho. Por isso é sempre bom relembrar momentos assim.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Earworms

Nesses dias em que estou de “férias” da faculdade tenho procurado o que fazer para ocupar minha mente, caso contrário às consequências podem ser trágicas rsrs. Tenho aproveitado para ler artigos científicos em áreas fora da minha, mas que me interessam bastante. Após ter feito o post sobre A provável descoberta do Boson de Higgs duas semanas atrás, eu comecei a ler mais sobre“Earworms” e “Brainworms”, termos que me eram familiares, mas pouco sabia sobre.

Tanto Earworms (vermes de orelha) como Brainworms (vermes cerebrais) são termos usados por cientistas para se referir a músicas que “grudam na cabeça” ou que “entram na cabeça”. Mas por que há canções que ficam “aprisionadas” em nossas cabeças?

Quando ouvimos uma música é ativado no cérebro o córtex auditivo e estudos comprovam que ao simples ouvir uma parte de uma música conhecida o córtex auditivo faz o cérebro automaticamente pensar em seu complemento. Ou seja, o cérebro continuava pensando ou “cantando” mesmo após a música parar. Há quem diga que isso ocorre como uma maneira de manter o cérebro ocupado quando está ocioso, assim se ocupando com o "cantar" da música. Outros dizem que isso ocorre com mais frequência após uma tentativa de supressão desse pensamento, ou seja, tentar tirar da cabeça só piora. Outros estudiosos ainda falam sobre quando uma música aparece em sua cabeça mesmo quando não a ouve por um longo tempo... Isso certamente é desencadeado por alguma atividade que faz sua mente tornar se nostálgica e lembrar da música. Há ainda estudos que dizem serem as mulheres mais vulneráveis a brainworms do que homens, assim como músicos e pessoas passando por altos níveis de stress também são mais receptíveis aos vermes cerebrais.

Não há um consenso dos motivos de uma música ser mais passível de virar um earworm do que outras, mas acredita se que músicas simples, alegres e repetitivas são as mais comuns de isso acontecer. Podem ser tanto músicas com letras, o que é mais comum, pois letra e melodia se ajudam na lembrança, como podem ser jingles e mais raramente músicas instrumentais (a quinta sinfonia de Beethoven é um bom exemplo). E o que também intriga é que muitas vezes a pessoa não gosta da música e ela prende na cabeça do mesmo jeito.

Uma música que você considera banal, abominável, ridícula, tosca pode exercer sobre você um processo coercivo e subverter seu cérebro a pensar de maneira repetitiva e involuntária. Isso claro é de conhecimento público, pois é ai que entram os jingles de programas de televisão e de propagandas. Não raramente a indústria fonográfica também faz isso com alguns artistas que são empurrados para a população como verdadeiros vermes que se infiltram em nossas orelhas, aqui digo no pior sentido possível que isso possa parecer... Michel Teló e companhia mandam lembranças.

Enfim, são muitas as maneiras de uma música se prender a cabeça. Estudos dizem que a letra é o principal fator que faz o cérebro ficar repetindo a música involuntariamente, por isso músicas letradas são mais comumente earworms. No meu caso, tenho problemas em lembrar as letras das músicas rsrs, assimilo melodias muito mais facilmente. Talvez venha daí minha paixão por trilhas sonoras tanto de filmes como de games e provavelmente por isso é mais comum meus earworms serem músicas instrumentais. É bem mais provável me ver cantarolando alguma melodia do que cantando alguma musica pela sua letra.

domingo, 15 de julho de 2012

Liberdade de expressão e o politicamente correto na arte e no humor

Poucos meses atrás muito se falou sobre a liberdade de expressão no humor devido as cada vez mais costumeiras condenações de piadas “politicamente incorretas”. O humorista Rafinha Bastos se tornou o centro de toda essa polêmica e foram levantadas questões como, “vale tudo no humor?”, “liberdade de expressão deve ter limites?”.

Trazendo para o lado da música, acompanhei no inicio do ano uma polêmica. A banda alemã de heavy metal melódico “Edguy”, conhecida também pela sua espontaneidade e sátiras ácidas, lançou no inicio de 2012 o seu mais recente álbum. 
Neste trabalho há uma música chamada “Robin Hood”, remetendo a uma das mais tradicionais lendas do folclore britânico, o lendário herói que roubava dos ricos para dar aos pobres, o Robin Hood. Mas a Edguy fez uma leve crítica em sua música, deixando de lado o aspecto glorioso da lenda.

Nisto uma pequena polêmica foi levantada, polêmica que se tornou maior quando a música foi escolhida pela banda para ser a música de divulgação do álbum, se tornando um videoclip. No videoclip a Edguy manteve sua tradição de fazer vídeos cômicos, "avacalhando" de vez com a lenda. 
No mesmo dia do lançamento do videoclip muitos criticaram a Edguy pelo fato de ser uma banda alemã tirando sarro com uma lenda do folclore britânico. Na época um amigo chegou a comentar comigo, “Já pensou ver uma banda argentina tirando um sarro com o Curupira?”.

O vídeo para quem desejar conferir


Mas e aí, e se de facto acontecesse de uma banda argentina zoar o barraco e brincar com o nosso folclore? Eu teria de ficar revoltadinho com nossos “hermanos”? Essa máxima “liberdade de expressão deve ter limites” não é uma brecha para a censura? A arte deve ser censurada em função do politicamente correto?
No meu ponto de vista o politicamente correto tem é que se foder!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Provável descoberta do Bóson de Higgs

Hoje é um dia especial na Blogosfera devido a blogagem coletiva sobre espiritualidade. Mas dane se a espiritualidade, vamos falar de ciência, algo bem mais útil shausuasuausuaus. Calma, não comecem a apedrejar, estou apenas brincando... Ou não rsrs.

Desde o começo do mês muito têm se falado no meio cientifico do Bóson de Higgs. Mas o que diabos é isso?

O Grande Colisor de Hádrons (LHC) da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN) é o maior acelerador de partículas do mundo e foi construído após a elaboração de um megalomaníaco projeto cientifico ao custo de 8 bilhões de dólares. Seu laboratório fica em um anel subterrâneo de 27 km na fronteira da França com a Suíça. O LHC funciona desde setembro de 2008 e trabalho de facto na colisão de feixes de partículas, seu principal objetivo, desde 2010. 

Localização do LHC

Após anos de pesquisas sob imprevistos e problemas técnicos o LHC parece ter alcançado seu objetivo supremo, a suposta descoberta do Bóson de Higgs. O nome vem do cientista Peter Higgs que nos anos 60 elaborou uma teoria que explicaria como o universo foi criado a partir do Big Bang.  Com a descoberta dessa partícula o chamado Modelo Padrão que explica como se comportam praticamente todos os componentes da natureza (exceto a gravidade que é explicada por outra teoria) seria validado. Por isso o Bóson de Higgs foi apelidado de “partícula de Deus”.

LHC

Pensa se que após o Big Bang o cosmos passou por um resfriamento e a consequente formação do Campo de Higgs e seus Bósons que são uma partícula subatômica. Essa partícula teria interagido com todas as outras e lhes dado massa. Essa é a última partícula que faltava ser analisada e por isso validaria o Modelo Padrão, sendo a mais importante descoberta da ciência no século.

O modelo padrão é o arcabouço essencial para a sustentação do que conhecemos como Biologia, Física, Química etc. Obviamente o Modelo Padrão é incompleto, pois apesar de explicar quase todos os elementos do nosso planeta, ele não explica algumas coisas relacionadas ao universo, como por exemplo, a matéria negra.. Então a descoberta do Bóson de Higgs pode ser também um grande passo nesses estudos.

Os cientistas ainda precisam ter total certeza que a partícula descoberta é de facto o Bóson de Higgs previsto a 50 anos atrás por Peter Higgs, mas de qualquer modo, sendo ou não Higgs, está é uma nova partícula.

Para quem se interessar pelo assunto, só para eles mesmo pois o vídeo tem uns 15 minutos rsrs, deixo aqui um vídeo. É um tanto antigo, o LHC ainda estava sendo construído na época, mas possui uma explicação muito didática do que é o Bóson de Higgs e seu papel para unificar a Física das Partículas. Começara a falar de fato do Bóson de Higgs por volta de 3:30.

domingo, 1 de julho de 2012

Fractal: Arte, física e matemática de mãos dadas

Uma das coisas mais magníficas que já vi com esses olhos que a terra há de comer são os fractais. Mas o que é um fractal? Tentarei explicar, mas não garanto que conseguirei rs.

O termo foi cunhado pelo matemático francês Benoit Mandelbrot a partir do radical latino “fractus” que por sua vez vem do verbo latino “frangere” que traduzido ao português quer dizer “quebrar".

Um fractal escolhido aleatoriamente para ilustração
Com a imagem parada não é notável sua magia, então confiram o vídeo ao fim da postagem.

Os fractais estão ligados à física e matemática, mais precisamente aos sistemas dinâmicos e a teoria do caos. Isso pelo fato de seu uso se dar na descrição de fenômenos que aparentam ser aleatórios, mas não são como o fluxo dos rios e formação de cadeias montanhosas. Os fractais são um tanto recentes, pois apenas com o uso de computadores foi possível se aprofundar os estudos desse ramo da geometria que também é usado na arte. É algo que você não aprende na escola, pois não pode ser explicado pela geometria euclidiana. E por isso Mandelbrot criou a proposta da geometria fractal, esta se encarregaria de preencher as lacunas deixadas pela euclidiana na tentativa de compreender as formas da natureza.

A ciência dos fractais se faz de imagens com estruturas geométricas altamente complexas e de grande beleza ligadas às formas da natureza e até do universo. As imagens são sempre abstratas e a principal característica é a autossimilaridade, os fractais contém dentro de si copias menores deles mesmos se repetindo infinitamente, se tornando incompreensível para a mente humana em sua totalidade. Os fractais podem assumir muitas formas, mas sempre conservam a auto semelhança e a complexidade infinita.

Mas não me aprofundarei na explicação, pois não sou físico nem matemático e nem um estudioso das matérias, minha área é a geografia. Portanto não darei passos por locais que desconheço. Sou apenas um eterno curioso.

Este é um exemplo de fractal.



Não é lindo? hehe.