quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ingressos de shows no Brasil

É meus amigos, já faz algum tempo que venho me revoltando com o preço dos ingressos para shows no Brasil Pra não generalizar vou falar em São Paulo, pois não sei se nos outros estados a realidade é a mesma. Cada vez mais bandas estão vindo tocar por aqui e cada vez mais os ingressos são como facadas nas costas.

No último show do Megadeth no país, o qual eu não fui por falta de grana, uma amiga que mora em Curitiba fez uma constatação muito interessante. A banda também faria shows na Argentina, Chile, Colômbia e outros países que não lembro. Após uma analise fria e calculista minha amiga concluiu que sairia mais barato para ela ir ver o show na Argentina do que em São Paulo. Puta que o pariu meu, nossos organizadores de shows estão matando todo mundo na base da facada. Fuçando na net, achei esse vídeo muito pertinente falando disso.

sábado, 27 de abril de 2013

O Power Metal não morreu

O Power Metal, (Metal Melódico como às vezes é chamado no Brasil) é um subgênero do Heavy Metal que começou seu desenvolvimento no inicio dos anos 80 na Alemanha e teve de meados dos anos 80 ate o inicio do século 21 o seu ápice de público, chegando a ser considerado a grande modinha dentro do Heavy Metal nesse período. Atualmente esse título fica com o Gothic Metal (eca!) e o Death Metal. 

Fato é que desde por volta de 2005 muito tem se falado no saturamento do Power Metal e hoje só as principais bandas do estilo se mantêm com seu fiel público. O estilo sempre teve como ideia "mesclar para inovar", o Power Metal começou com bandas que trouxeram para o metal uma influência da música erudita, sendo que com o tempo recebeu influências do erudito, do folk, do barroco, do progressivo, do thrash e etc, mas há muito vinha se falando que nada novo nascia na cena. Mas agora nasceu \o/ 


A banda finlandesa Stratovarius (uma de minhas preferidas) pode facilmente ser considerada como um dos três grandes pilares do Power Metal ao longo dos anos junto dos alemães do Helloween e do Blind Guardian. Os finlandeses sempre foram considerados como uma das mais melódicas bandas do Heavy Metal, sempre carregando forte influência da música erudita em seu som. E o Stratovarius era uma das bandas que vinha sendo mais criticada, pois há anos vinha fazendo seu som sem sair da zona de conforto, alguns até afirmando que os caras já estavam se autoplagiando. 


Com a saída do principal compositor do grupo, Timo Tolkki, parece que os outros integrantes ganharam mais liberdade para compor. Os dois álbuns lançados após a saída de Tolkki não mudaram muita coisa. Mas o álbum "Nemesis" lançado este ano mostrou que o Stratovarius nunca pode ser negligenciado. O som dos caras manteve sua essência melódica/erudita, mas com uma roupagem diferente e moderna.


O guitarrista que substitui Tolkki, Mathias Kupiainen se desvinculou um pouco do estilo anterior das linhas de guitarra. Agora o instrumento não parece ter aquela obrigação de soar erudito como tinha com Tolkki. Mathias ainda mantém isso, mas demonstra também mais agressividade, riffs mais distorcidos e pesados e nem sempre naquela velocidade da luz de Tolkki. Porém o principal líder dessa mudança no som da banda é o tecladista Jens Johansson que saiu completamente da zona de conforto do Stratovarius. Jens trouxe para a banda nesse álbum forte influência da música eletrônica, dando um grande contraste com as influências eruditas da banda. Isso tornou o som mais moderno, as vezes até meio com aquele ar "futurista". E de fato, isso é totalmente inédito no Power Metal.

 
Modesta opinião, a melhor faixa do álbum, composta pelo tecladista Jens Johansson. O teclado dançante de uma forma nunca vista no Power Metal

E a banda ainda pode ir mais longe. O vocalista Timo Kotipelto, com sua inconfundível voz doce e sempre cristalina, poderia sair da sua zona de conforto também. Assim como a guitarra do Stratovarius não precisa soar sempre clássica e o teclado não precisa se parecer sempre com um cravo, Timo não precisa ser sempre cristalino e poderia tentar um vocal mais agressivo. Em suma, um dos principais nomes do Power Metal tratou de sair da sua zona de conforto e deu novo gás ao estilo e ao seu próprio som, mas sem perder as caracteristicas que marcam a banda nesses quase 30 anos de história.

 
Outra ótima faixa, também composta pelo tecladista Jens Johansson. Um perfeito entrosamento entre guitarra e teclado. Um solo de guitarra como nunca se veria com Tolkki.

Deixo a pergunta caro leitor, você prefere que a sua banda favorita ou uma das favoritas fique por anos fazendo o mesmo som manjado que agrada a seu fiel público, ou prefere ver sua banda favorita expandindo seus horizontes, inovando e buscando novos fãs?

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O rock nacional está morrendo?

Esses dias eu li uma ótima matéria que abordava o rock nacional, desde os anos 60 até os dias recentes. Muito bem escrita e tudo mais, porém o principal ponto que me surpreendeu foi que o autor em toda a matéria considerou e tratou as bandas de Heavy Metal como qualquer outra banda nacional.

Enquanto lê esse texto, ouça Angel With Horns da Shadowside e comprove que o rock nacional ainda vive e com muita força e que inclusive as mulheres têm ganhado cada vez mais espaço na cena, principalmente no heavy metal que sempre foi tão fechado.

Geralmente quando se lê matérias que abordam a história do rock nacional as pessoas consideram as bandas que fizeram parte do movimento Rock Brasil entre os anos 60 e 80 e as bandas que surgiram após o movimento, mas mantiveram as características e ideologias do estilo. E quando falam do rock atual, dizem que o mesmo está morrendo com o monte de porcaria que tem no cenário recente  Quando consideram as bandas de Heavy Metal só falam de Sepultura e Angra que já fazem parte da história do rock nacional. Ou como já vi em muitas matérias, o heavy metal acaba sendo sempre tratado de forma separada do resto das bandas por ser um estilo muito diferente do que o rock nacional produziu.


O Heavy Metal nacional começou seu desenvolvimento de facto em meados dos anos 80 com o fim da ditadura militar quando as bandas puderam lançar seus primeiros álbuns. Porém a primeira banda nacional do estilo, a Stress já vinha se desenvolvendo desde os anos 70 e no inicio dos 80 lançou seu primeiro registro. Na época os caras receberam varias propostas para adequar o seu som em algo mais comercial para poder ser encaixada no Rock Brasil e receber o apoio das gravadoras que suportavam as bandas do movimento, mas a Stress se manteve fiel a seus próprios ideais e não se vendeu.

Diz se que este foi o estopim para as bandas nacionais de heavy metal começarem a compor em inglês, pois viram que não teriam apoio das gravadoras de seu próprio país e buscaram suporte de selos internacionais. Quando o Sepultura conseguiu um contrato com uma gravadora norte americana ainda no fim dos anos 80, a cena se consolidou com o inglês como idioma principal e as bandas compondo em português sendo as exceções.

As origens do rock pesado nacional estão na banda Stress

A questão é que mesmo as bandas de heavy metal nacionais estarem usando o inglês, elas continuam sendo brasileiras. O Heavy Metal é um subgênero do Rock'n roll, hoje tão amplo e abrangente quanto este. Portanto, as bandas de heavy metal também fazem parte do rock nacional, apesar de ser underground. Você que diz que o rock nacional está morrendo, se você diz isso, você não conhece o underground e o Heavy Metal nacional.

Pois deixo para vocês refletirem um pensamento de um dos mestres do heavy metal nacional, Andre Matos:
"eu acredito que só do Underground pode surgir grandes talentos, quando não vem do Undeground é forjação, é armação na realidade, são coisas já pré-moldadas que acabam sendo empurradas na mídia. Eu acho que o talento real nasce no Underground e aí eventualmente vai ter acesso aos grandes meios de comunicação ou não, mas eu acredito que o único berçário de grandes talentos é o movimento underground... O nosso estilo musical não deixa de ser um estilo Underground mesmo que por vezes a gente consiga espaço em algumas emissoras de TV, consiga espaço em grandes festivais como o Rock In Rio por exemplo, mas na maior parte do tempo a gente lida com situações Undergrounds, a gente entende que seja assim não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro."

E realmente os grandes artistas que tem seu nome gravado na história da música, principalmente no rock e heavy metal, saíram do underground. Mas hoje em dia a indústria fonográfica está a todo momento tentando forjar bandas e empurrar para o público e isso resulta no monte de lixo musical que tem por aí.

Nos países onde o heavy metal é underground o Brasil é considerado muitas vezes como tendo a cena mais rica e de longe com o maior potencial para ir para o Mainstream. A cada ano o país recebe mais shows internacionais de Heavy Metal e sinceramente, metade das bandas que vêm as terras brasis são inferiores ao que temos no nosso underground atual. Então se você gosta de rock pesado, não tem o menor motivo para dizer o rock nacional está morrendo e vemos muita gente falando isso, principalmente entre pessoas as pessoas com um pouco mais de idade que vivem do saudosismo dos anos 80 e afins.

Para essas pessoas eu deixo o refrão de Wasted Years do Iron Maiden que fala exatamente sobre o tempo perdido que o saudosismo causa,

"So understand
Don't waste your time always searching for those wasted years
Face up...make your stand
And realize you're living in the golden years
"

Relembrar o passado é bom, mas ficar preso nele é ridículo.

domingo, 7 de abril de 2013

The Lighthouse

Essa semana foi complicada e muito corrida, não tive tempo para pensar em absolutamente nada para postar aqui. Mas não deixarei a semana passar sem postagem.

Eu deixo para vocês fãs de animação o curta taiwanes "The Lighthouse" de 2011 e produzido pelo artista Po Chou Chi que recebeu cerca de 19 prêmios internacionais. Uma animação de extrema sensibilidade e delicadeza que toca na alma.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Como assim games não são arte?

Okami, jogo com visual em cel-shading estilizado como uma pintura em aquarela no melhor estilo japonês. Game completamente envolto na mitologia xintoísta.

Nossa querida ministra da cultura, Marta Suplicy, realizou uma audiência pública no último dia 19 para falar sobre o programa "Vale-Cultura" sancionado por Dilma Rousseff em dezembro último. E nessa audiência ela ganhou a fúria dos gamers de plantão. Mas antes de tudo, vamos fazer como o Jack, vamos por partes.

O "Vale-Cultura" é um beneficio concedido a trabalhadores de carteira assinada que recebam até cinco salários mínimos, na forma de um cartão recarregável e cumulativo de R$ 50,00 mensais. Esse dinheiro poderia ser utilizado em qualquer forma de cultura, livros, cds, dvds, cinema, teatro, shows, exposições e etc. Marta foi indagada sobre como ficaria a situação dos jogos eletrônicos no programa e a ministra foi categórica ao afirmar que os games não são uma forma de cultura e que se depender dela eles não serão inclusos no programa. Poxa, tia Marta, como assim?

Crysis 3 que foi recentemente lançado é considerado o jogo com os melhores gráficos da história, praticamente um filme interativo. A Cry Engine 3 que faz o game funcionar será inclusive utilizada em simuladores para o exército norte americano.

Agora, jovem padawan, eu lhe pergunto, o que diabos é cultura? 
"Aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade; Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade".


Ok, definido o que é cultura, vamos as contradições dessa fala da tia Marta. Em 2011 a legislação brasileira  passou a considerar os games como produtos culturais e o próprio Ministério da Cultura possui em seu acervo uma área dedicada aos games. 
Outro ponto é a lei Rouanet que é a lei federal de incentivo a cultura. Poucos devem se lembrar, mas o game "Toren" do Estúdio Swordtales de Porto Alegre recebeu recursos dessa lei como auxilio em seu desenvolvimento. Será que nossa ministra da cultura tem conhecimento de fato da Portaria Nº 116, de 29 de Novembro de 2011 do ministério da cultura?

A mais recente paixão dos arquitetos gamers. Vai me dizer que você não aprendeu mais do renascimento italiano com o Ezio do que com o seu professor do ensino médio? xD

Pois voltando ao assunto arte. O tradicional Manifesto das Sete Artes (Música, Dança, Pintura, Escultura, Teatro, Literatura, Cinema) hoje tem algumas outras artes adicionadas, a saber: Fotografia, Banda Desenhada, Videojogos e Arte Digital.
Games são carregados de carga intelectual e cultural, possuem enredo, imagem, música e interação. Produzir um game não é assim tão diferente de produzir um filme, encontraremos desenhistas, roteiristas, programadores, arquitetos, músicos, historiadores e etc trabalhando num game. Um jogo eletrônico pode facilmente condensar em si Música, Pintura, Escultura, Literatura, Banda Desenhada e Arte Digital.

A série Metal Gear é aclamada como tendo um dos melhores enredos já criados. Os games tem como pano de fundo a história real e misturam com os elementos fictícios da série, sempre entrelaçando questões filosóficas, éticas e morais acerca de temas como economia de guerra, nanotecnologia, clonagem e biotecnologia.

O discurso da nossa ministra chamou atenção até mesmo da Square Enix, uma das maiores produtoras de games do Japão, conhecida pela produção de jogos como Final Fantasy, Dragon Quest e Kingdom Hearts, dentre outros. A filial latino americana da empresa enviou a nossa ministra uma cópia do CD “Distant Worlds: Music from Final Fantasy” (álbum de músicas orquestradas da série Final Fantasy) e o artbook “Japan”, de autoria de Yoshitaka Amano(ilustrador da série Final Fantasy). Isso evidenciando ainda mais os interesses da empresa no mercado brasileiro de games, apontado como quarto maior do mundo e o de maior potencial para expansão.

O projeto ainda está sendo moldado, mas parece que a tia Marta precisa estudar um pouco mais as portarias do ministério da cultura. Relaxa e joga, Marta.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Face the End...

Nos últimos dias fiquei extremamente chateado com a falsidade das pessoas, nunca tinha observado isso de forma tão atenta e notei como sou rodeado de pessoas falsas na universidade e como algumas das pessoas mais falsas que já conheci estão convivendo diariamente comigo em meu ambiente de trabalho.

Em meio a isso, esta foi minha última semana na escola onde trabalho. Sentirei a falta de muita gente, dos outros professores, das secretarias, mas principalmente dos alunos que me fizeram chorar e muitos choraram comigo. Ainda ao mesmo tempo meu relacionamento com minha namorada teve um fim.

Com tudo isso, nos últimos dias eu tenho estado mais melancólico do que de costume, e apesar de não ser das pessoas mais transparentes, isso é visível. Ainda ontem uma de minhas alunas, Bianca, apenas me olhou e disse, “Suas mãos estão tremulas, seus olhos depressivos e você mal consegue manter no rosto esse sorriso falso”. Parecia que tinha me olhado e visto até a alma.

Então eu lhe pergunto caro leitor, você consegue reprimir seus sentimentos, fazer que passe despercebido? Pois é extremamente chato quando algo que você não quer falar sobre acontece e todo mundo fica perguntando.

Deixo lhes aqui uma bela melodia por parte do músico Andre Matos, com letra bem sugestiva para momentos assim rs.

terça-feira, 12 de março de 2013

Black Metal Norueguês - A música como uma forma (extremamente) radical de protestar.

O Black Metal é um subgênero do Heavy Metal que começou seu desenvolvimento em meados dos anos 80 a partir de elementos do Thrash Metal e do Death Metal, do Punk, do Hardcore e da música Dark Ambient. O estilo geralmente aborda em suas letras o satanismo e o paganismo. Mas não vou falar do Black Metal em geral, e sim de um em especifico. O Black Metal Norueguês.


A Noruega foi um dos países onde o Black Metal surgiu com mais força, até hoje muitas bandas do país estão entre as principais do estilo. Lá o Black Metal não era apenas um modo de fazer música, mas envolvia todo um movimento de resistência que foi chamado de “Inner Circle”. As bandas possuíam uma postura anticristã e tinham como objetivo expulsar da Noruega o Cristianismo e todas as outras religiões não escandinavas. O Heavy Metal sempre teve uma obsessão com a religião, ao ponto de alguns estudiosos  afirmarem que, "se não existisse o cristianismo, não existiria o heavy metal como o conhecemos". Os noruegueses levaram essa obsessão ao extremo.

Conforme o Black Metal ia ganhando cada vez mais fãs, principalmente jovens, mais bandas iam surgindo. Porém a imprensa local sempre ignorou o estilo. Até que o movimento começou a se por em prática de fato. No inicio dos anos 90, muitas igrejas, algumas delas históricas, foram incendiadas e o caráter blasfemo das letras das bandas atraiu a atenção não só da imprensa, mas da polícia norueguesa que começou a investigar o Inner Circle.

O Black Metal começou a ganhar espaço na mídia quando o vocalista da Mayhem (uma das principais bandas do gênero) cometeu suicídio com um tiro de espingarda na cabeça. Ao lado do corpo foi encontrado um bilhete dizendo, “Desculpe pelo sangue”. Os outros integrantes da banda ao o encontrarem naquele estado tiraram uma foto da situação e a usaram como capa do futuro álbum do grupo.

Capa do álbum Dawn of the Black Hearts

Não muito tempo depois Varg Vikernes do Burzum assassinou Euronymous também do Mayhem, sendo que os dois eram os principais nomes do Black Metal do país na época. Posteriormente foi descoberto que Vikernes estava ligado aos incêndios nas igrejas.

A mídia começou a rotular as bandas como satanistas, sendo que na verdade eram bandas pagãs e/ou anticristãs (sendo pagãs, automaticamente não pdoeria mser satanistas, já que esse é um conceito cristão). Porém os grupos viram isso como uma forma de aparecer e começaram de fato a atuar como satanistas, desvirtuando o propósito inicial do movimento. Quando Varg Vikernes foi preso e condenado por 21 anos, praticamente o Inner Circle teve seu fim. Porém as bandas de Black Metal foram expostas de uma maneira que a imprensa norueguesa acabou criando um monstro, cada vez mais os grupos ganhavam espaço e fãs. Há até mesmo um vídeo cômico (nada cômico para alguns) fazendo uma brincadeira com o fato da queima de igrejas.


O Inner Circle ganhou repercussão, vários documentários sobre o movimento foram criados e muitas entrevistas com seus principais representantes foram feitas. O movimento teve seu fim, mas até hoje Varg Vikernes é idolatrado por muitos como um verdadeiro herói. O músico se valia de argumentos como, “Os cristãos chegaram à Escandinávia e com suas guerras santas arrasaram a cultura ancestral norueguesa e nos impuseram sua cultura. Agora nos estávamos apenas dando o troco”. Muitos músicos da cena negaram ter participado do movimento, mas nunca esconderam que partilhavam dos ideais. 

Trecho de cerca de 3 minutos do documentário "Until the Light Take Us" exemplificando a ideia dos músicos.


Hoje em dia o estilo perdeu seu caráter protestante, as bandas, em sua maioria, apenas entraram na onda do satanismo. O Black Metal é atualmente a principal exportação cultural da Noruega para o mundo, sendo que devido a isso, foram registrados nos últimos anos pela primeira vez na história um aumento significativo de pessoas fora da Noruega aprendendo o Norueguês (as bandas do país cantam em sua língua materna) e dois anos atrás foi declarado que todo diplomata norueguês deveria conhecer a fundo o principal produto que o país exporta (por essa ninguém esperava hehe).

Varg Vikernes foi solto em 2010 e no mesmo ano lançou o álbum "Belus" de forma independente e todo o lucro das vendas doado as vítimas do terremoto no Haiti em 2010. Desde então Varg lançou mais dois álbuns que continuam com denso conteúdo filosófico fortemente influenciado por Nietzsche, assim como seus trabalhos anteriores.

OBS: Varg Vikernes não é um louco (ou talvez seja rs) que saiu incendiando igrejas por achar legal. Vikernes é um cara extremamente culto, com uma mente brilhante com profundos conhecimentos sobre Paganismo e cultura tradicional norueguesa, além de ser autor de artigos e livros sobre isso. Vikernes era membro da Allgermanische Heidnische Front (uma organização internacional que defendia o paganismo), sendo muitas vezes citado como o líder do grupo que era comumente rotulado como neonazista e antissemita.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Dica de Música - Vanaheim

Segunda postagem dessa seção, não vamos deixar a peteca cair hehe.



Sobre a banda: A Therion é uma banda sueca formada em 1987 como uma banda de Death Metal. Os suecos mudaram bastante sua sonoridade ao decorrer do tempo, sendo que passaram a ser rotulados de Gothic Metal e mais tarde como Symphonic Metal, estilo pelo qual se consagraram como uma das principais bandas do gênero atualmente. Os temas líricos sempre envolvem variadas mitologias, ocultismo e magia de antigas tradições.

Sobre o álbum: Secret of The Runes é um álbum conceitual e aborda exclusivamente a mitologia nórdica. O álbum é construído tendo como base a Yggdrasil e seus nove mundos. A primeira faixa do álbum é um prologo que conta como os mundos se formaram apartir do gigante Ymer, posteriormente há nove faixas descrevendo cada um dos nove mundos e uma faixa de epilogo que conta sobre o feito de Odin ter se enforcado na Yggdrasil e recebido a sabedoria das runas da arvore.
Os segredos das runas estão em seus sinais mágicos com diferentes significados esotéricos. Elas existiram em variadas formas e tradições, sendo que no álbum elas são baseadas nas runas da mitologia nórdica.

As letras do álbum foram todas escritas por Thomas Karlsson, que não é integrante da banda, mas sim um erudito em história, religião e filosofia, além de ser autor de livros sobre misticismo e ocultismo. Thomas ainda é professor na Universidade de Estocolmo e é fundador da "Dragon Rouge", uma sociedade secreta de ordem mágica que trabalha com o "Caminho da Mão Esquerda" e a "Ordem Draconiana", além de pegar conceitos cabalísticos também. O vocalista da Therion, Christofer Johnsson é integrante dessa sociedade secreta.

Sobre a música: Vanaheim é um dos nove mundos de Yggdrasil, um dos menos conhecidos, pois não sobrou muita informação sobre o mesmo nos escritos históricos. Vanaheim é o mundo de repouso dos Vanir (um dos panteões dos deuses nórdicos) e também a terra de nascimento de Njord que era comumente contraposto a Odin, líder dos Aesir ( o outro panteão dos deuses nórdicos). Vale ressaltar que a faixa, assim como todo o álbum foi gravado com uma orquestra de verdade e não com teclados e samplers que simula uma orquestra.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

...


Você está super preocupado com a saúde da pessoa e a família da mesma joga a culpa em suas costas.
Então tu críticas algumas das posturas deles e em questão de instantes vão do céu ao inferno na forma como te tratam.
Life sucks, people suck...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Dublagem brasileira de games: Bom ou ruim?

O Brasil é a bola da vez para a indústria de jogos eletrônicos. Nos últimos três anos muitas das principais empresas da indústria estabeleceram estúdios no país, o Brasil se tornou dono da BGS, a maior convenção de games da América Latina e as publishers brasileiras também cresceram. Em todo o mundo, o Brasil foi o país que apresentou a maior taxa de crescimento nas vendas de jogos eletrônicos nos últimos dois anos, resultado de uma serie de politicas contra a pirataria e lutas pela diminuição dos impostos sobre games.

 Isso tudo ainda está no começo, o projeto "Jogo Justo" que visa diminuir as atuais taxas de impostos que o governo federal coloca para um game circular no país (cerca de 124% do seu valor original) e enquadrar os games na "Lei de Informática" tem se mostrado eficiente nessa luta. Segundo o presidente da ACIGAMES que afirmou ter conversado com Dilma Rousseff, a presidente teriaafirmado que em 2013 o ICMS e o IPI terão uma queda de 20% para 2%. É esperar para ver, pois esse é o momento do Brasil abraçar a indústria e atrair cada vez mais produtoras estrangeiras e dar suporte as nacionais, gerando milhares de empregos e movimentando muito dinheiro.

 O emergente mercado brasileiro fez com que as principais publishers não apenas se estabelecessem no país, mas investissem para agradar o público brasileiro. Já temos muitos, mas muitos jogos completamente legendados em português brasileiro e algumas publishers começaram a investir na dublagem brasileira para seus jogos. Esse fato gerou bastante polêmica entre os gamers e ainda divide opiniões. Algumas cinematics como exemplo abaixo:



A dublagem brasileira é considerada como uma das melhores do mundo, mas ainda não tinha experiência com games, portanto monstros sagrados da nossa dublagem foram sempre os escolhidos para trabalhar nos games, o que não evitou críticas. A primeira polêmica veio com o game Diablo 3, muita gente reclamou do sotaque carioca dos personagens, inclusive do próprio Diablo. E convenhamos, ver o lord das trevas com aquele sotaque foi hilário e quebrou completamente o clímax do game rsrs.

 Nos últimos meses games como Assassin's Creed 3, Halo 4 e Call of Duty 2: Black Ops foram lançados com dublagens para o português. Particularmente, prefiro os jogos com as suas dublagens originais. Uma obra traduzida sempre perde bastante do original, seja em questões linguísticas ou culturais. Também sempre vi os games como forma de praticar meu inglês, mas é claro que para os leigos no idioma isso tudo é bem vindo, já que é possível apreciar toda a trama sem ficar enroscando num idioma desconhecido. Não gosto nem de assistir animes dublados, jogar então, sem chances.

 Não sou contra e nem quero que parem de dublar os games, isso é resultado do desenvolvimento da indústria no país. Entretanto, no meu ponto de vista isso é mais negativo que positivo. Não estou criticando a qualidade das dublagens (que até achei boas), mas sim a perda de conteúdo. Legendas em português já são suficientes. Mas pelo amor de Odin, as empresas precisam deixar nos games a opção da dublagem original para os que assim preferirem.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Clássicos

Algum tempo atrás fiz uma postagem alando sobre como é raro ver um programa bom na televisão aberta brasileira e destaquei o programa "Olhar Digital" da Rede TV. Pois bem, o ótimo e único programa da tv aberta voltado para tecnologia teve seu fim anunciado.
Não foi uma surpresa quando os produtores disseram que o programa era uma produção independente da Rede TV, eles apenas pagavam a emissora para exibir o programa no determinado horário. Infelizmente, após quase 2 anos no ar os patrocinadores do Olhar Digital resolveram cortas a verba de patrocínios e o programa teve seu fim, ao menos na televisão.


Mas ainda há programas bons na TV aberta, acredite se quiser. Um belo exemplo e perfeito para os admiradores de boa música é o programa Clássicos da Cultura. A produção é voltada para a música erudita, nos brindando com concertos das mais importantes orquestras do mundo, apresentações de renomados solistas e maestros, além é claro das mais fantásticas apresentações das melhores orquestras nacionais, assim como nos mostrando apresentações de grandes músicos estrangeiros nas salas de concerto de São Paulo. Tudo sempre gravado em alta qualidade de som e imagem.

Além disso, há programas especiais, documentários muito ricos sobre os principais nomes da música erudita ao longo dos anos e sobre as mais fantásticas sinfonias já criadas. Sim, ainda há algo que preste na televisão aberta!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

What the fuck are you singing?

Essa semana uma simples postagem no Facebook enfureceu os brasileiros fãs de heavy metal.

Tudo começou quando a banda paraibana The Noyzy enviou para o produtor musical Jack Endino (conhecido por ter trabalhado com Nirvana, Sonic Youth, entre outras) um EP, com o intuito de saber a opinião do produtor e negociar com o mesmo a produção do primeiro álbum de estúdio da banda. Pouco tempo depois Jack Endino respondeu que o som era muito interessante, mas não conseguia entender uma palavra do que o vocalista cantava.

Algumas horas mais tarde Jack Endino postou em seu facebook, “Bandas brasileiras!!! POR QUE VOCÊS ESTÃO CANTANDO EM INGLÊS? EU NUNCA CONSIGO ENTENDER UMA PALAVRA! Qual o sentido disso? Nunca vai dar o sucesso a vocês fora do Brasil e eu não vejo como isso pode ser um sucesso DENTRO do Brasil. Sim, eu sei que Sepultura fez isso, mas o inglês deles é excelente, as letras deles boas e eles faziam parte de uma gravadora internacional de Metal. Quem mais conseguiu isso? Eu estou perplexo e intrigado com isso”. Poucas horas depois o comentário de Endino tinha mais de 250 respostas, algumas poucas apoiando sua opinião, e muitos descendo a lenha no produtor, e ainda muitos outros de forma mais educada mostravam outras bandas brasileiras com sucesso no mundo cantando em inglês.

Sepultura atualmente. Vale lembrar que o antigo vocal Max Cavalera sempre teve uma pronúncia ótima e desde que saiu da banda em 1997 mora nos Estados Unidos. E também vale lembrar que o vocal atual Derrick Green é natural dos EUA.

Ao ler o comentário de Endino eu imediatamente lembrei-me de uma reflexão de Renato Russo há 15 anos, “... Se for pra cantar em inglês, que cantem 'assim' e não naquele inglês horroroso... Mas o Sepultura é muito bom”. Ou seja, é praticamente o mesmo comentário rs.

Fui ouvir o EP da The Noysy e definitivamente, o inglês dos caras não é dos melhores. Porém é um erro dizer que o Sepultura é a única banda brasileira que conseguiu mercado fora do Brasil devido o inglês. O Sepultura é um fenômeno sem comparações, tornou se não apenas a banda de rock ou metal, mas o grupo musical brasileiro mais conhecido no mundo. Todavia, bandas como Angra, Krisiun e Torture Squad possuem grandes bases de fãs em muitos países da Europa, assim como a Shadowside está seguindo os passos do Sepultura e conseguindo um mercado muito grande nos EUA. Isso sem falar de bandas como Korzus, Hibria, dentre outras que comumente estão fazendo turnês fora do Brasil.

Finntroll, banda finlandesa de Folk Metal que canta em finlandês e que que está entre as principais do estilo.

Outro erro é o cara pegar no pé das bandas brasileiras. O Heavy Metal se estabeleceu como um estilo musical cantado universalmente em inglês. Hoje em dia, além dos tradicionais centros do metal (Inglaterra, EUA e Alemanha) temos como países centrais no estilo Finlândia, Suécia e Noruega.
Então você vê que as principais bandas da Alemanha (Scorpions, Accept, Blind Guardian, Helloween, Gamma Ray, Destruction, Grave Digger, Sodom, entre outras), as principais bandas suecas (Opeth, In Flames, Dark Tranquility, Evergrey, SoilWork, Amon Amarth, Arch Enemy, Therion, Meshuggah, entre outras) e as principais bandas finlandesas (Nightwish, Stratovarius, Sonata Arctica, Children of Bodom, Apocalyptica, Sentenced, entre outras) cantam em inglês. Salvo algumas raras exceções como os finlandeses do Korplikaani e os alemães do Rammstein que cantam em seus idiomas e fazem sucesso, e a Noruega que lá sim, as bandas em sua grande maioria cantam em norueguês mesmo. Mas isso é papo para outra postagem.

As bandas norueguesas de Black Metal são um caso diferente. Cantam em seu próprio idioma e fazem sucesso por toda a Europa e também pelas Américas.

De facto não dá para você tentar cantar num idioma que você não domine, por mais que o seu instrumental seja magnífico, e é muito comum ouvir bandas cantando com um inglês bem ruim. Estas bandas everiam repensar seriamente em algumas coisas. Mas não dá para falar que só tem o Sepultura no Brasil e nem crucificar o país, pois o heavy metal tem o inglês como sua língua principal, quase em todos os países deste planeta.

Mas e vocês, acham que as bandas deveriam apostar mais no português?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Bandas cover - Uma praga que se alastra

Faz algum tempo que venho me incomodando muito com o atual cenário de shows que encontro em São Paulo, tanto na capital, como onde moro, em Sorocaba que fica a 90 km da capital.

Chega um final de semana e fico a pensar um lugar bacana para ir, onde rolasse um rock de qualidade. Então me deparo com uma tragédia que assola São Paulo nos últimos anos... Para todo lugar que penso em ir está rolando um show cover. Nada mais frustrante!

Não tenho nada contra bandas cover (mas nada a favor também), pois é comum uma banda começar tocando cover e depois partir para suas composições próprias. Mas bandas que se limitam a tornarem se profissionais em imitar os outros, os chamados “covers oficias” é o que há de mais tosco no cenário musical,  me desculpe o pessoal que integra essas bandas, mas é verdade.

Hibria, um dos nomes mais fortes no Brasil recentemente, foi a primeira banda brasileira a fazer uma turê pela China.

Se você vai levar uma conversa com os organizadores e donos de casas de show, eles sempre dizem que dão ao público o que o público quer. Banda cover é o que dá público, portanto dá dinheiro e é por isso que eles contratam mais bandas cover do que bandas autorais. Realizam-se shows de bandas de som próprio e o público não comparece. Puta que o pariu, se eu quisesse ouvir Iron Maiden eu ficaria em casa ouvindo o original com a ótima qualidade de som de um álbum de estúdio em meu magnífico aparelho de som, ao invés de ver uma imitação em uma casa de show com uma aparelhagem sonora razoável.

Tierramystica, um dos destaques do país nos últimos anos com seu Folk Metal unindo a música pesada com a música de raiz latino americana.

Sobre bandas autorais eu frequentemente ouço, “ah, mas eu não conheço a banda, por isso não vou”. Está certo, mas ir ao show de uma banda é a melhor maneira de se conhecer o som dos caras. Temos de lembrar que a internet é algo recente, antigamente as pessoas precisavam levantar suas bundas gordas da cadeira e ir aos shows para conhecer bandas. Não existia youtube e sites de compartilhamento para você ficar o dia todo baixando álbuns que seriam porcamente ouvidos de tanta informação jogada na sua cabeça.

Com a valorização de bandas cover por parte do público e de organizadores há também um genocídio de compositores. E o que mais irrita nisso tudo é que o cenário underground brasileiro do heavy metal não é fraco com muitas bandas ruins, muito pelo contrário, é considerado como uma das principais cenas undergrounds do estilo em todo o mundo. Em meados dos anos 90 Brasil, Finlândia e Suécia eram apontados como os próximos países a entrarem na elite do heavy metal, o que hoje é fato, exceto com o Brasil que é tido até hoje por muitos como a mais forte cena underground no mundo.

Caravellus, metal progressivo de primeira qualidade.

Renomadas bandas como Angra e Sepultura sempre atraem grandes públicos, mas é só. Todas as outras precisam lutar entre as bandas cover para conseguir onde tocar. Me despeço tentando encontrar algum local nessa cidade onde a geração cover não tenha se impregnado.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Eluveitie - Ressuscitando a cultura galega

Caros colegas, hoje trago uma dica de banda aos amantes da música pesada.
A banda em questão é proveniente da Suiça e se chama Eluveitie, uma banda normalmente rotulada como Folk Metal fazendo a mistura da música de raiz Celta com o Death Metal Melódico.

Eluveitie significa "O Helvécio" na extinta língua galega, sendo que o povo dos Helvécios era uma das muitas tribos Celtas e se localizavam no que hoje é a Suiça e também o sul da Alemanha. Um dos fatos marcantes na banda é que há muitas músicas cantadas em Gaulês que era a língua falada pelos Celtas que moravam na Gália (que consistia todo o territorio francês e partes da Bélgica, Alemanha e Itália) antes de serem dominados pelo Império Romano. O idioma foi extinto no século VI, mas nos últimos anos muitos arqueólogos tem descoberto vestígios do idioma em manuscritos, rochas, antigos artefatos etc.
A banda Eluveitie tem acompanhado isso de perto e algumas de suas músicas são versões musicadas de textos gauleses super antigos, assim como quase todas as músicas da banda estão conectadas à história e literatura dos Helvécios. O mais recente álbum da banda tem todas as suas letras baseadas no "Commentari de Bello Gallico" (Comentários sobre a Guerra Gálica) escrito pelo imperador romano Júlio César, porém aqui a banda dá os comentários do ponto de vista dos gauleses.

Portanto o Eluveitie não é apenas mais uma banda de folk metal que mescla heavy metal com a música celta, os caras realmente são fissurados pelas raízes de seu povo. A banda é composta por oito integrantes tendo Ivo Henzi e Siméon Koch nas guitarras, Merlin Sutter na bateria, Kay Brem no baixo, Meri Tadic no violino e vocal,  Anna Murphy no Hurdy Gurdy e vocal, Pade Kistler na gaita de fole e flauta e Chrigel Glanzmann na mandola, flauta, bodhrán e vocal.
A banda usa de vários instrumentos típicos como o Hurdy Gurdy para criar a atmosfera celta de suas músicas, mas sem nunca deixar o heavy metal de lado. Alguns exemplos de músicas abaixo.


Curiosidade: Inis Mona era o nome céltico da ilha hoje chamada "Isle of Anglesey" no norte do País de Gales. Em Inis Mona havia se estabelecido o maior colégio para Druidas já criado pelos celtas e por isso atraia os jovens celtas de todas as tribos espalhadas pela Europa. A formação de um Druida na ilha poderia chegar a até 20 anos.


Curiosidade: Omnos (que significa "medo") é toda cantada em Gaulês.


Curiosidade: Epona era uma especie de deusa da fertilidade na religião pagã dos galegos e protegia os cavalos, burros, éguas, mulas e etc.